domingo, 6 de junho de 2010

O evangelho da ganância

Alguns cristãos na atualidade, em especial aqueles alcançados pela pregação de tele e Radio-evangelistas famosos e também aqueles influenciados por publicações de conteúdo “pseudamente cristão”, têm achado que prosperidade material é característica obrigatória do crente. Acreditam que a riqueza está inclusa no pacote de bênçãos celestiais, prometido por pregadores irresponsáveis que parecem não conhecer a Bíblia e a razão da pobreza no mundo. Demonstram, ainda, uma grande dificuldade em enxergar os abusos que são cometidos neste país por governantes corruptos os quais corroboram com o aumento cada vez maior da péssima distribuição de renda. Parece que o evangelho tem se resumido a isso: fazer com que pessoas fiquem “ricas”.




Muitos têm sido vítimas de afirmações eloqüentes de alguns pregadores que se exibem com imagem de ricos, donos de lindas casas e carrões de último tipo. Suas afirmações têm produzido uma categoria de cristão instável e de mentalidade doentia. Tais ensinamentos têm formado pessoas suscetíveis ao ataque de seitas e heresias, além de cidadãos alienados e totalmente alheios aos problemas sociais que de fato precisam ser denunciados por desestruturarem e marginalizarem uma imensa maioria da população brasileira. Nosso país precisa de cura espiritual, moral, política, social e ética. Nossos púlpitos devem apresentar o Jesus que cura o homem em sua totalidade e que dá a ele senso de justiça, estimulando-o à promoção da paz.



É preciso apresentar o evangelho que abriga, que veste e também mata a fome; que inclui, que conscientiza a humanidade. Precisamos de um evangelho profético e transformador, que restaura caráter e que luta por dignidade. Chega de pregações que despertam a ganância, que transformam as pessoas em pidonas e interesseiras, em pessoas que compram bênçãos muitas vezes pagas com cartões de crédito e débito além de cheques pré-datados. Desejo que nossos púlpitos despertem em nós uma mente que não se conforma com este mundo, mas que estimula a renovação das mentes pela ação do Espírito Santo. Deixo-vos para reflexão: Romanos 12:2



César Brazil é bispo, Presidente da Comunidade Cristã internacional Lugar de Vida. Missionário, escritor e palestrante. Diretor do CIEAB- Regional Zona Leste/Cidade Tiradentes , Diretor de Comunicação Social do IAAD. Em missões, já viajou diversos países do Oeste da África e também da Europa. Lecionou sobre Serviço Social na Fatap (Faculdade Teológica Adventista da Promessa).



Fonte: www.cieab.com.br

O Jovem e a Igreja

O Jovem e a Igreja


Este texto aponta um pouco do ‘ser jovem’, suas características, numa visão de desenvolvimento constante. Fala também da importância da instituição igreja neste momento de vida e sua influência positiva e marcante refletida no amanhã do jovem.
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Ao pensarmos na palavra jovem, muitas são as características que nos vem à cabeça. Podemos falar em curiosidade, energia, humor inconstante, a certeza de um futuro longo pela frente, ou mesmo uma busca de independência e certa dose de onipotência. Na verdade é o sentir intensamente, mas principalmente o experienciar, o experimentar sensações, situações, relações, emoções. Porém não mais com aquela pureza e desprendimento da infância; agora com mais complicações, responsabilidades, deveres e até mesmo certa preocupação com o futuro – incerto.

É uma fase da vida em que é necessário apoio, pois esse ‘jovem’ muitas vezes está saindo da adolescência ou vivendo esse período, e num mundo tão repleto de informações e determinações comportamentais, que nem sempre são positivas, é preciso haver um ambiente adequado em que se possa estar e compartilhar.

O jovem hoje busca algo mais que o possa tornar um adulto saudável emocional, física e espiritualmente. Pensando nesse crescimento pessoal, é possível destacar alguns núcleos de aquisição de conhecimento e comportamento como a escola, o trabalho, a família, a igreja etc...

A igreja é sem dúvida um núcleo diferenciado, podendo ter sentidos variados para cada indivíduo. Pode ser vista como local de encontros, uma espécie de clube social, um lugar para ir e sentir-se melhor sem tantas culpas, ou ainda um local para exibir e usar habilidades por auto-satisfação.

Em meio a estas possibilidades e tantas outras há, porém um significado primordial e genuíno. É na igreja, a casa de Deus, que o jovem vai buscar forças para vencer o mundo, busca a Palavra Sagrada para se enriquecer da graça e paz do Senhor. Encontra ali amigos leais com os quais pode dividir seus momentos bons e ruins, assim como o conforto e o consolo que só Cristo dá.

Num mundo tão difícil de lidar, com tantas perdas, a igreja de fato vem ocupar um espaço importante no contexto social. É pena ver tantas igrejas transformadas em clubes e recantos de bate papo, necessários para o desenvolvimento de qualquer indivíduo, mas pouco suficientes no sentido de oferecer suporte a esses jovens, perdendo desta maneira sua real função.

A partir de todos estes aspectos, percebemos então que o jovem freqüentador de igreja pode ser uma rica fonte de transformações positivas neste mundo de caos.

Vivendo em comunidade, dividindo dificuldades, fazendo amizades sinceras e recebendo o mais essencial alimento, o espiritual, certamente é possível ver não apenas um jovem como também um adulto mais feliz. Pois quando o desenrolar da juventude acontece na igreja a conseqüência é um adulto mais seguro, maduro e pleno, capaz de adaptar-se melhor as dificuldades e perdas da vida. E isso no mundo em que vivemos conta muito.

Márcia Dittz Sousa Lima
Fonte: Torre Forte

domingo, 6 de junho de 2010

O evangelho da ganância

Alguns cristãos na atualidade, em especial aqueles alcançados pela pregação de tele e Radio-evangelistas famosos e também aqueles influenciados por publicações de conteúdo “pseudamente cristão”, têm achado que prosperidade material é característica obrigatória do crente. Acreditam que a riqueza está inclusa no pacote de bênçãos celestiais, prometido por pregadores irresponsáveis que parecem não conhecer a Bíblia e a razão da pobreza no mundo. Demonstram, ainda, uma grande dificuldade em enxergar os abusos que são cometidos neste país por governantes corruptos os quais corroboram com o aumento cada vez maior da péssima distribuição de renda. Parece que o evangelho tem se resumido a isso: fazer com que pessoas fiquem “ricas”.




Muitos têm sido vítimas de afirmações eloqüentes de alguns pregadores que se exibem com imagem de ricos, donos de lindas casas e carrões de último tipo. Suas afirmações têm produzido uma categoria de cristão instável e de mentalidade doentia. Tais ensinamentos têm formado pessoas suscetíveis ao ataque de seitas e heresias, além de cidadãos alienados e totalmente alheios aos problemas sociais que de fato precisam ser denunciados por desestruturarem e marginalizarem uma imensa maioria da população brasileira. Nosso país precisa de cura espiritual, moral, política, social e ética. Nossos púlpitos devem apresentar o Jesus que cura o homem em sua totalidade e que dá a ele senso de justiça, estimulando-o à promoção da paz.



É preciso apresentar o evangelho que abriga, que veste e também mata a fome; que inclui, que conscientiza a humanidade. Precisamos de um evangelho profético e transformador, que restaura caráter e que luta por dignidade. Chega de pregações que despertam a ganância, que transformam as pessoas em pidonas e interesseiras, em pessoas que compram bênçãos muitas vezes pagas com cartões de crédito e débito além de cheques pré-datados. Desejo que nossos púlpitos despertem em nós uma mente que não se conforma com este mundo, mas que estimula a renovação das mentes pela ação do Espírito Santo. Deixo-vos para reflexão: Romanos 12:2



César Brazil é bispo, Presidente da Comunidade Cristã internacional Lugar de Vida. Missionário, escritor e palestrante. Diretor do CIEAB- Regional Zona Leste/Cidade Tiradentes , Diretor de Comunicação Social do IAAD. Em missões, já viajou diversos países do Oeste da África e também da Europa. Lecionou sobre Serviço Social na Fatap (Faculdade Teológica Adventista da Promessa).



Fonte: www.cieab.com.br

O Jovem e a Igreja

O Jovem e a Igreja


Este texto aponta um pouco do ‘ser jovem’, suas características, numa visão de desenvolvimento constante. Fala também da importância da instituição igreja neste momento de vida e sua influência positiva e marcante refletida no amanhã do jovem.
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Ao pensarmos na palavra jovem, muitas são as características que nos vem à cabeça. Podemos falar em curiosidade, energia, humor inconstante, a certeza de um futuro longo pela frente, ou mesmo uma busca de independência e certa dose de onipotência. Na verdade é o sentir intensamente, mas principalmente o experienciar, o experimentar sensações, situações, relações, emoções. Porém não mais com aquela pureza e desprendimento da infância; agora com mais complicações, responsabilidades, deveres e até mesmo certa preocupação com o futuro – incerto.

É uma fase da vida em que é necessário apoio, pois esse ‘jovem’ muitas vezes está saindo da adolescência ou vivendo esse período, e num mundo tão repleto de informações e determinações comportamentais, que nem sempre são positivas, é preciso haver um ambiente adequado em que se possa estar e compartilhar.

O jovem hoje busca algo mais que o possa tornar um adulto saudável emocional, física e espiritualmente. Pensando nesse crescimento pessoal, é possível destacar alguns núcleos de aquisição de conhecimento e comportamento como a escola, o trabalho, a família, a igreja etc...

A igreja é sem dúvida um núcleo diferenciado, podendo ter sentidos variados para cada indivíduo. Pode ser vista como local de encontros, uma espécie de clube social, um lugar para ir e sentir-se melhor sem tantas culpas, ou ainda um local para exibir e usar habilidades por auto-satisfação.

Em meio a estas possibilidades e tantas outras há, porém um significado primordial e genuíno. É na igreja, a casa de Deus, que o jovem vai buscar forças para vencer o mundo, busca a Palavra Sagrada para se enriquecer da graça e paz do Senhor. Encontra ali amigos leais com os quais pode dividir seus momentos bons e ruins, assim como o conforto e o consolo que só Cristo dá.

Num mundo tão difícil de lidar, com tantas perdas, a igreja de fato vem ocupar um espaço importante no contexto social. É pena ver tantas igrejas transformadas em clubes e recantos de bate papo, necessários para o desenvolvimento de qualquer indivíduo, mas pouco suficientes no sentido de oferecer suporte a esses jovens, perdendo desta maneira sua real função.

A partir de todos estes aspectos, percebemos então que o jovem freqüentador de igreja pode ser uma rica fonte de transformações positivas neste mundo de caos.

Vivendo em comunidade, dividindo dificuldades, fazendo amizades sinceras e recebendo o mais essencial alimento, o espiritual, certamente é possível ver não apenas um jovem como também um adulto mais feliz. Pois quando o desenrolar da juventude acontece na igreja a conseqüência é um adulto mais seguro, maduro e pleno, capaz de adaptar-se melhor as dificuldades e perdas da vida. E isso no mundo em que vivemos conta muito.

Márcia Dittz Sousa Lima
Fonte: Torre Forte